20.7.06

talvez que aconteça

....................................o porto... a minha cidade de sempre vou corr(o)endo a cidade num passo lento, cruzando esquinas na ansia de encontrar a nossa e aí prenoitar como se à volta tudo fosse o prolongamento desse nosso instante, que haveriamos de congelar com vida e enfeitá-lo.

r o t u r a

vejo alguma coisa extinta. talvez tenha chegado a hora de seguir-mos a nossa peculiaridade. (...) lembras-te do que fala-mos? (...) agora podemos enfim saborear as ruas que ficaram por saber; pegar na vida como se fosse a nossa e empurrá-la com toda a força para a frente; (...) espero ver-te num outro dia, acaso aconteça, mas mais madura e abrangente, nesse passo dos que andam e deixam rasto...

19.7.06

há coisas que só mesmo à noite

bebi vinho em demasia. cantei até enrouquecer e ainda havia música a rondar as entranhas. fui na prespectiva improvável de me encontrar aí ao pé, a partilhar um choro afinado e comprometido. (o mesmo bar translúcido uma outra linguagem ancestral a distância fintada na boémia) (...) a família constrói-se aos poucos. a música cresce aos poucos. a pouco e pouco dás por ti e já tens muito, quem sabe o suficiente. (...) quem sabe.

17.7.06

deixamos o corpo seguir pela mão sedenta

pedi a um velho com o rosto sábio que me descodificasse o que vai cá dentro, e ele disse-me que a inspiração do sexo pouco tem a ver com o voo magistral do amor. agradeci-lhe e ele reforçou num timbre certeiro as maravilhas do amor; num certo riso fácil de quem lá mora há muito, numa casa pacata e sem portas, reduzindo tudo ao seu tamanho de sempre.
A minha foto
........................gra(')f.ico.ismo.onola.......... demasiado colado à palavra para ser uma outra coisa que não isto. utopia de mim, abismos da imagem arrancada e digerida.

O ROSTO À LUPA DE MIM

blog inTemporal

O dia de hoje podia muito bem ter sido um outro. Amanhã vemos isso.