dou saltos no abstracto
da língua enrolada.
retomo a arritmia
que aqui me trouxe.
aqui, onde a palavra nasceu
para ser refratada, enquanto
a imagem lhe preencheria os vazios
propositados e divergentes.
dou cambalhotas
na glande das coisas
do peito, caio rarefeito
e socumbo novo,
num ciclo demasiado
vicioso para ser quebrado.
descentralizo as secções
que me dividem, e na
ausência grito os amigos
que me ouçam, e isso
prova-me uma outra vez
que o pior será um chão
mais ou menos irregular.
toco o ponto fulcral,
e volto ao meu mundo
de altos e baixos, na
certeza do tombo ser
uma das curas irrefutáveis.