13.7.06

noites extemporâneas

cantou-me com uma voz cigana e eu bati palmas ritmadas. chorei como acontece sempre que me imociono, mas desta vez para fora. disse-lhe na ponta dos dedos que o mundo das sensações é infindável; que são precisos mil anos para desgastar aquele infinitésimo de segundo que o corpo e a memória sustêm ainda muito vivo. e agora que os corpos distinguem perfeitamente as destrezas da anatomia e do amor, só nos resta o abraço pungente. agora que a noite e o dia sucumbem despreocupados e limpos; impecáveis na sua função de sempre.

2 comentários:

Cristiano Contreiras disse...

Puro cotidiano de cada dia!

ananda disse...

Muito bonito! ;) Adorei a visita que me fizeste e adorei o que encontrei aqui.
Fiquei curiosa: como descobriste o meu blog?
Beijinho!

A minha foto
........................gra(')f.ico.ismo.onola.......... demasiado colado à palavra para ser uma outra coisa que não isto. utopia de mim, abismos da imagem arrancada e digerida.

O ROSTO À LUPA DE MIM

blog inTemporal

O dia de hoje podia muito bem ter sido um outro. Amanhã vemos isso.